A Promotoria Criminal de Nova York abriu investigação contra o bispo Edir Macedo e mais nove integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus por suspeita de estelionato, desvio de recursos e lavagem de dinheiro em território norte-americano. O pedido de apuração foi feito pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), por intermédio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão ligado ao Ministério da Justiça. Desde agosto, Macedo e outros nove diretores da Universal respondem a processo na 9ª Vara Criminal da capital paulista, acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Estão na mira dos promotores norte-americanos 15 contas abertas em bancos de Miami, Jacksonville e Nova York. Ainda não há prazo para o envio de resultados para as autoridades brasileiras. Tudo vai depender da resposta dos bancos aos pedidos de quebra de sigilo. A equipe será chefiada pelo promotor Adam Kaufmann, o mesmo que em 2005 conseguiu que o Grande Júri de Manhattan decretasse a prisão do ex-prefeito da capital paulista Paulo Maluf - ele nega desvio de recursos nas obras públicas que contratou em sua gestão (1993-1996).
O pedido de abertura de investigação e quebra de sigilo bancário das contas da Universal nos Estados Unidos foram acompanhas de documentação e depoimentos colhidos pelo Gaeco ao longo de dois anos. Os nomes dos colaboradores são mantidos sob sigilo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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