Os promotores dos Estados Unidos que investigam se executivos americanos da Avon Products Inc. infringiram a legislação do país contra suborno no exterior apresentaram as primeiras provas a um grande júri, disseram pessoas a par da situação.
A promotoria se concentra num relatório de uma auditoria realizada pela empresa em 2005 que concluiu que empregados da Avon na China podem ter subornado autoridades locais, numa violação a leis que coíbem corrupção praticada por empresas americanas no exterior, segundo pessoas a par da situação. A Avon tinha afirmado que só descobriu as acusações de propina em 2008.
A auditoria encontrou centenas de milhares de dólares em pagamentos questionáveis para autoridades chinesas e consultores em 2005, disse uma das pessoas. O suborno ocorreu quando a Avon tentava conseguir uma licença para realizar vendas diretas na China. Alguns dos pagamentos ficaram registrados nas faturas como presentes para autoridades do governo, disse a pessoa. Em 2006 a Avon, famosa por usar o método de venda por catálogo porta a porta, se tornou a primeira multinacional a conseguir uma licença de venda direta na China.
O FBI, a polícia federal americana, e promotores de Nova York e Washington estão tentando determinar se atuais ou antigos executivos ignoraram as revelações da auditoria ou agiram para esconder os problemas, duas atitudes possivelmente ilegais, disseram duas pessoas a par da situação.
Na sede da Avon, em Nova York, os executivos que viram o relatório da auditoria na época não o transmitiram para os comitês de auditoria e de finanças do conselho de administração, nem para o conselho em si, segundo pessoas a par da investigação. O conselho só soube da auditoria depois que a Avon iniciou sua própria investigação interna sobre acusações de suborno no exterior, em 2008, dizem pessoas familiarizadas com a questão.
Fonte: The Wall Street Journal
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