Domingão, sem nada pra fazer e um amigo me trouxe com exclusividade os filmes "Che" e "Che - A Guerrilha". Os filmes baseados nos diários do revolucionário Che Guevara, traz um ator inspirado, num filme que se mostra fiel aos diários, trazendo realmente um Che guerrilheiro diferente daquele do filme o Diários de Motocicleta do brasileiro Walter Salles. Neste filme que dura 4 horas e que foi dividido em dois, Benicio del Toro faz uma reconstituição impressionante do guerrilheiro, trazendo a tona de uma forma bastante explicíta como era Che Guevara, seus trejeitos e maneira de ser.
Mas infelizmente é só essa a virtude ao meu ver desses filmes. Faltou mais complexidade, mais entusiasmo e um lado provocativo que Che carregava de acordo com os livros de história. Acho que isso acontece por causa das épocas que os filmes retrataram. "Che" traz a vitória de Guevara numa luta armada que derrubou o ditador cubano Fulgencio Batista. E "Che - A Guerrilha" o argentino aparece como mártir num tentativa fracassada de criar um movimento guerrilheiro na Bolivía.
Nisso eles só contaram o começo e o final da história do Che, faltou o meio onde ele participa do governo cubano, onde colocou Fidel Castro como presidente do Banco Nacional e ministro da Indústria, faltou quando ele assumiu os fuzilamentos de pessoas que eram contra o seu governo em Cuba, a instalação de mísseis nucleares soviéticos no país, que estavam apontados para o território americano, onde chegou ao ponto da população mundial ter o medo eminente de estar tão próxima de uma guerra nuclear sem precendentes.
Acho que a intenção foi mostrar um Che Guevara como herói, um homem determinado, que luta pelas suas convicções, mas se fosse melhor retratada a complexidade de um ser humano, com seus erros e contradições, esses dois filmes seriam grandiosos. Mas pode-se dizer que vimos apenas uma propaganda bem feita.
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